quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Manifestações e confrontos marcam o debate na UEPB

Dos seis candidatos confirmados, apenas três compareceram.

Texto: Abdon da Silva


Foto: Abdon da Silva
A ADUEPB (Associação dos docentes da universidade estadual da Paraíba) realizou na útima quarta-feira (11) o debate com os candidatos ao governo do estado da Paraíba. Com o tema “Educação pública e autonomia universitária”, o debate foi mediado pelo jornalista e radialista Morib Macedo. Dos seis candidatos que confirmaram presença, apenas os candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB), Antonio Radical (PSTU) e Tárcio Teixeira (PSOL) compareceram ao encontro. Esta foi a primeira vez que um debate foi realizado de forma pública na instituição.

Em suas considerações iniciais, os três candidatos lamentaram a crise financeira pela qual a insttuição passava e criticraam a gestão do atual governo. Em seu discurso, o candidato Cássio prometeu que se eleito, acabaria com lista tríplice,  nomeaando o reitor mais votado. Já o candidato Tárcio Teixeira prometeu a expansão da universidade em outras regiões do estado. Antonio Radical prometeu aumentar o repasse de verbas para a instituição que, segundo ele, teve queda nos governos anteriores. Durante o confronto, os candidatos receberam do DCE (representado pela professora de biologia Mônica Maria – C.C.B.S.)  um documento com compromissos a serem assumidos por parte dos candidatos com a instituição.

Foto: Reprodução  Facebook / Paulo Sérgio
No debate, acadêmicos e estudantes participaram dos questionamentos a serem realizados. Estes tratavam de diversos temas como racismo, expansão da instituição, problemas enfrentados, entre outros. Alguns questionadores tiveram os ânimos mais exaltados e não conseguiram terminar a formulação das perguntas. Em determinado momento, a professora aposentada Maria de Lourdes se exaltou e, mesmo com o microfone cortado, fez um tipo de desabafo revoltado contra o candidato tucano. Em outro momento, a estudante de letras Sara Emanuelly não conseguiu fazer sua pergunta a tempo. Numa atitude surpreendente, o candidato Tárcio Teixeira cedeu parte do seu tempo para que ela continuasse a indagação.

Porém, no início do debate, estudantes vaiavam em certos momentos o candidato do PSDB. Procedimento que se repetiu durante o confronto. Insistentemente, erguiam placas acusando o candidato de “ficha suja” e gritavam palavras de ordem. A militância “tucana”, que estava no local, reagiu em certos momentos ora aplaudindo, ora vaiando os estudantes. O mediador, que também foi vaiado, ameaçava a interrupção do debate caso as manifestações não parassem. Porém o candidato considerou normal a manifestação do grupo. Há informações de que um estudante chegou a ser agredido com uma cotovelada feita por um militante. O debate encerrou-se por volta das 12hs.

Em nota, o candidato Vital do Rêgo Filho (PMDB) justificou a ausência alegando compromissos parlamentares em Brasília. Já o candidato Major Fábio (PROS), também através de nota, informou ter participado de uma entrevista a uma emissora de televisão na capital, justificando sua ausência. Já o governador e candidato à reeleição Ricardo Coutinho (PSB) alegou compromissos de campanha pré-agendados, ausentando-se do debate. Porém, segundo informações, ele estava cumprindo agenda na própria cidade.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Cenário musical de Campina Grande

Texto: Carlos de Brito

Jovens artistas reclamam da falta de oportunidades e do monopólio do forró 

Campina Grande, abastado e pulsante entreposto comercial, estrategicamente situada no “centro” do Nordeste, sempre atraiu variados contingentes de trabalhadores e nesse meio vieram os filhos ilustres da cidade. Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcanti, Jackson do Pandeiro e outros podem não ter nascido em Campina mas vieram para cá e desenvolveram seus talentos. Aqui deram os primeiros passos como artistas, se apresentando em difusoras, feiras, emissoras de rádio e programas de auditório. Esses artistas que foram influenciando outros grandes nomes como Elba Ramalho e Marinês.

Atualmente, o cenário musical da cidade conta com muitos jovens talentosos, porém, sem espaço, é o que afirma a cantora Lara Sales. Uma das dificuldades para ela como artista em Campina é a falta de oportunidades para quem canta músicas autorais, os estabelecimentos são restritos somente ao forró. Ela cita alguns bares como bons lugares para se apresentar como o Vitrola e o Picanha 200. Mesmo com as dificuldades, a cantora incentiva os jovens músicos da atualidade. “Quem canta não faz pelo dinheiro, a gente faz isso porque é um dom”. Ela ainda fala um pouco sobre suas influências. “Elis Regina me influenciou e influencia cada vez mais, através dela pude conhecer outros artistas que me servem de referência”. Seu sonho era ter vivido na era do rádio.
Campina Grande tem um artista chamado Ângelo Porto que é bem conhecido na cidade. O jovem compositor já venceu um festival numa rádio local com a música autoral “Vim aqui pra te dizer” eleita por voto popular. A mesma virou trilha sonora do filme O Resgate do Pavão Misterioso, do diretor e professor Silvio Toledo. Aos 18 anos vive de composições, grava e escreve músicas para artistas da cidade, como Capilé, Niedson Lua, dentre outros.

Segundo Ângelo, em Campina Grande, o músico é muito desvalorizado e essa seria a maior dificuldade enfrentada. Ele reclama que não só em Campina, mas na Paraíba se predomina apenas um estilo musical, o forró. Contudo, ele se mostra otimista. “Mas, isso vem mudando, hoje em dia já estão sendo incentivados outros estilos musicais e, melhor ainda, estimulando o trabalho autoral”. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Problemas com funcionamento do passe escolar biométrico são constatados em Campina Grande

Estudante alega problemas na hora de realizar a identificação biométrica nos ônibus

Texto: Abdon da Silva

Foto: Reprodução / Portal Paraíba Bus
No início deste ano, o Sindicato das empresas de transportes e passageiros de Campina Grande (SITRANS) realizou o recadastramento do passe escolar para estudantes e universitários da cidade. Como novidade, foi adotada a identificação biométrica. Esta visava rapidez no pagamento das passagens. Com a biometria, seria desnecessária a apresentação do cartão ao motorista, além de coibir seu uso por parte de terceiros (a não ser pelo próprio portador). Porém, a inovação tem causado problemas para vários usuários.


Diversos estudantes que usam o serviço alegam que ocorre problemas no momento em que pagam suas passagens. Isso por que, ao aproximar um dos dedos no espaço reservado, o validador demora a fazer a leitura da impressão digital ou não consegue fazê-la. Com isso, o passageiro se sente obrigado a solicitar a liberação ao motorista. 

Estudante usuário do transporte coletivo 
(Foto: Abdon da Silva)
Situação vivida por Mateus Siqueira, de 18 anos, estudante de administração pela UEPB. “Eu acho que é um processo que leva um grande gasto de tempo, além de causar constrangimento quando ocorre um erro”. Em seguida, detalhou este constrangimento. “Este problema atrasa o andamento da fila para a entrada dos passageiros”, disse. Sobre uma sugestão para eventual solução do problema, Mateus sugere que o pagamento da passagem limite-se apenas ao uso o cartão, extinguindo assim o uso da biometria. “A solução seria retirar a biometria. Com absoluta certeza, esta mudança iria acelerar o processo e chegaríamos ao lugar desejado de maneira mais rápida”, frisou.

Procuramos entrar em contato com Anchieta Bernardino, diretor institucional do SITRANS. Porém, não foi obtido êxito.Vale lembrar que qualquer denúncia desta natureza pode ser feita diretamente ao sindicato através do telefone 3341-6788. Caso prefira, o usuário poderá dirigir-se à sede do SITRANS, na rua Irineu Jófilly, nº  227 - centro, ou no centro de atendimento do Vale Mais Card no Terminal de integração, situado às margens do Açude Novo.